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Olhares das Seis

Olhares das Seis é um conjunto de aquarelas que reúne obras das artistas Dulce Penna, Isolete Dozol, Lisete Assen, Maria Esmênia, Marlene Eberhardt e Roberta Viotti que interpretam as paisagens macro e micro que vivenciamos.

Olhares para dentro e olhares para fora; solidários, olhar da curiosidade, do redondo, do repouso, de distanciamento e de proximidade com o

infinito, tão perto, tão longe... Cada olhar, ao seu modo de interpretar as paisagens, interior e exterior, que nos rodeiam.

A técnica predominante das obras é a aquarela sobre papel que, há algum tempo, motiva as artistas para contínuos encontros de estudos e debates sobre a técnica e suas possibilidades.

Os diálogos entre os olhares são múltiplos: as cenas vividas e interpretas, a busca pelos caminhos da abstração, a paleta de cores, e obviamente a técnica da aquarela, comum a todas as obras, que ressalta a subjetividade e a liberdade artística contemporâneas.

Dulce Penna

Apresento duas aquarelas pintadas ao ar livre, junto à natureza, onde o cheiro, a temperatura e todos os sentidos se fundem e se manifestam na pincelada. É onde me sinto mais a vontade para me expressar. Utilizo o redondo pois ele me traz o aconchego, e oferece várias leituras de uma mesma imagem, assim aquele que olha pode ter diferentes interpretações, e é neste lugar que quero chegar.

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Dulce Penna. Entardecer em Garopaba. Aquarela sobre Papel. 30 x 30 cm. 2024.

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Dulce Penna.  Lagoa das Capivaras. Aquarela sobre Papel. 30 x 30 cm. 2024.

Isolete Dozol

Ao descobrir todos os verdes no entorno da minha casa (já estavam lá há 15 anos), concluí que a aquarela me desembarcou naquele porto visto na adolescência, numa aula de arte. Hoje, ora meu olhar repousa sobre o belo que se expõe, ora sobre o exilado de sua própria terra, ora sobre paisagens inexistentes, ora como um livreto de imagens sequenciais com efeito ótico de animação: como o passeio de barco na Costa, em tempos de garapuvus.

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Isolete Dozol. A Paisagem que me olha, Garapuvus da Costa. Aquarela sobre papel. 35,5 x 50,5 cm. 2023.

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Isolete Dozol. O Repouso. Aquarela sobre Papel. 23,5 x 46 cm. 2022.

Lisete Assen

A Safra da Tainha é um período de muita expectativa que mobiliza a vida dos pescadores artesanais, em Santa Catarina. As obras que mostro aqui, integram a Série O Barco, na qual tenho me dedicado a investigar como interpretar este cotidiano na minha pintura. O barco e os barracos que muitas vezes abrigam temporariamente as famílias, são dos principais protagonistas desta atividade. Cenas marinhas que reafirmam sua importância social em nosso contexto, que marcam meu olhar e a aquarela, protagonista de minha expressão. Busco sua potência como linguagem, tanto no propósito mais óbvio da figuração com as superposições dos gestos, na transparência e nos acasos das manchas, quanto no jogo mais complexo da abstração da realidade ou de sua ideia com os fragmentos do olhar em várias escalas. Vejo nisso a sua contemporaneidade.

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Lisete Assen. A Espera da Tainha, da Série O Barco. Aquarela sobre papel. 27 x 37 cm. 2023.

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Lisete Assen. Fragmentos de uma cena pesqueira, da Série O Barco. Aquarela sobre papel. 24 x 37 cm. 2023.

Maria Esmênia

Os Girassóis, a solidariedade, depois das seis...

Que eles procuram a luz do sol, todos sabem.

O que eu não sabia é que em dias nublados eles se viram uns para os outros buscando a energia em cada um.

Depois das seis, não ficam murchinhos, nem de cabeça baixa... olham uns para os outros, erguidos, lindos, trocando energias. É a natureza nos ensinando. Se não temos o sol todos os dias, temos uns aos outros. Nestes tempos de dias nublados sejamos como girassóis, olhemos uns para os outros, antes e depois das seis.

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Maria Esmênia. Girassol 146. Aquarela sobre papel. 30 x 40 cm. 2022.

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Maria Esmênia. Girrasol, fragmentos. Aquarela sobre papel. 24 x 32 cm. 2022.

Marlene Eberhardt

As paisagens em aquarela de Paraty e Garopaba exploram a riqueza cultural e histórica dessas comunidades litorâneas. Em Paraty, destacam-se as construções coloniais e a presença marcante da igreja, imbuídas da herança portuguesa e açoriana, enquanto a vida de pesca e as tradições folclóricas enriquecem a cena em Garopaba. A ênfase recai sobre a pesca artesanal, evidenciando o valor da atividade e da preservação das raízes culturais locais. Ambas as obras convidam o observador a mergulhar na atmosfera única desses cenários marinhos, repletos de cores, texturas e narrativas que refletem a alma dessas comunidades costeiras.

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Marlene Eberhardt. Olhando Paraty. Aquarela sobre papel. 27 x 37 cm.  2023.

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Marlene Eberhardt. Garopaba. Aquarela sobre papel. 21,5 x 27,5 cm. 2024.

Roberta Viotti

Trilhar por caminhos, parques e bosques, sozinha com meus pensamentos é uma atividade que me dá muito prazer e inspiração.

Um momento de contemplação e meditação ativa.

Com olhar muito atento, observo detalhes da natureza, árvores floridas, raízes e ramos contorcidos com sua beleza única, perfumes de macela, ouço o canto do anu-branco que me traz lembranças da infância em terras roxas.

O som do vento no bambuzal me fascina, me fez sonhar outros tempos e cenários. Colho todos estes pequenos presentes da natureza e me inspiro para pintar as aquarelas e compartilhar estas lindas emoções.

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Roberta Viotti. Memórias das Cataratas do Iguaçu. Aquarela sobre papel. 30 x  40 cm. 2024.

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Roberta Viotti. No Bosque. Aquarela sobre papel. 35 x 26 cm. 2024.

Dulce Penna (artista associada da ACAP - @dulcepennas)

Dulce Penna Soares (Cachoeira do Sul, RS< 16/04/1957). Morou em Porto Alegre até mudar-se para Florianópolis, em 1983, a fim de assumir o cargo de Professora da UFSC. Em 2015, iniciou seus estudos de aquarela, e a partir dai passou a frequentar eventos como Oficinas, Workshops, com professores nacionais e internacionais. Participou de várias viagens de estudos para Portugal e Itália, onde pintar em Plein Air era a atividade principal. Participou de exposições coletivas e de Encontros de Aquarelistas em Paraty, Garopaba e recentemente em Rio Cuarto, na Argentina. Participou do II Salão de Aquarelas de Piracicaba, Pinacoteca Miguel Dutra. Piracicaba, São Paulo, 2017, onde recebeu o Prêmio Aquisição Unimed com a Obra Rua do Fogo - Paraty.

Isolete Dozol (artista associada - @isodozolaquarelas)

Isolete de Souza Dozol, nascida em Tubarão e residente em Florianópolis/SC desde 1968. É Mestre em Gestão Ambiental e se dedica à arte desde 2010. Iniciou estudos teóricos na UFSC e depois teóricos-práticos em atelier, e workshops com professores nacionais e internacionais. Fez cerca de 13 exposições coletivas,e-book EUS, ilustração de capas e contracapas de livros. Fez várias viagens culturais e estuda História da Arte no MESC/UDESC.

Lisete Assen (artista associada e membro da Comissão de Arte da ACAP - @li.ao_aquarelas)

Lisete Assen (Porto Alegre/RS, 02/07/1954) vive em Florianópolis. Artista visual e arquiteta-urbanista , inicia sua formação em artes visuais como estudante de arquitetura e urbanismo nos anos 1970. A partir da década de 1980, faz cursos, oficinas e workshops, quando transita por diferentes linguagens e técnicas. Desde 2015, dedica-se a aprofundar a expressão artística em aquarela com a Mentoria do aquarelista Ari de Goes. Participa de exposições, salões e mostras nacionais e internacionais. Recebe Menção Honrosa com a obra "Apeiron", no VI SAP, Salão Aquarelas de Piracicaba, Pinacoteca Miguel Dutra, SP, 2020. Em 2024, participa da Exposição Coletiva Processos [em] Criação, da Associação Catarinense dos Artistas Plásticos - ACAP, pelos seus 49 anos, no Espaço Cultural BRDE - Florianópolis. Em 2024, recebe o Prêmio Aquisitivo da Prefeitura-Pinacoteca Miguel Dutra, do Salão VII SAP, com a obra "Dos Pretos (1)".

Maria Esmênia (artista associada e vice-presidente da ACAP - @esmeniaribeiro_aquarelas)

Maria Esmênia (Lages/SC, 15/05/1945) é artista visual, reside e trabalha em Florianópolis/SC desde 1971. Atualmente é vice-presidente da ACAP. Expõe coletiva e individualmente. Memórias e questões sociais, como a falta de moradia no mundo, a Amazônia Saqueada, a Mãe-Terra são temas de seus estudos e pesquisas.  Participa de ateliês e de movimento artísticos culturais. Foi premiada no Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura - Edição 2022, o que viabilizou a realização em 2023, da exposição individual "Origens, um resgate de memórias", em Lages, sua terra natal. No período de 09/05 a 11/06/2024 participou da coletiva Processos [em] Criação, no Espaço Cultural BRDE, realizado pela ACAP, comemorando seus 49 anos de fundação. Em [Entre] Linhas de Hassis, sua última exposição individual, de 15/05 a 13/06/2024 presta homenagem ao mestre Hassis.

Marlene Eberhardt Prado (Gaspar/SC, 1948) mudou-se para Curitiba em 1968 para estudar Jornalismo na UFPR. Gradou-se em Publicidade no Rio de Janeiro em 1983, onde começou a explorar sua paixão pela arte, frequentando museus e galerias. Mudou-se para Florianópolis em 2002 e concluiu a sua formação em Terapia Artística em 2006, com foco em História da Arte. Desde então, tem se dedicado à pintura em aquarela, e faz Mentoria com o aquarelista Ari de Goes desde 2017. Em 2024, teve três obras selecionadas para exposição e recebeu menção honrosa no VII SAP - Salão de Aquarelas de Piracicaba com a obra "Três Palmeiras". Seu trabalho atual é inspirado pela observação da Lagoa da Conceição, pensando suas necessidades e sua recuperação.

Roberta Viotti (artista associada da ACAP - @robertaviotti)

Roberta Viotti (São Paulo/SP, 03/11/1964) é artista visual e arquiteta-urbanista. O primeiro contato com a aquarela surgiu durante a universidade com o artista Zélio. Depois de formada, viveu 23 anos em Milão onde pôde desenvolver, paralelamente ao trabalho de arquiteta, seu lado artístico através de cursos organizados pela prefeitura. Frequentou o ateliê do artista Fernando Sammarone, onde aprendeu e desenvolveu a técnica de acrílica sobre tela. Em 2021, com 2 colegas artistas, formaram o grupo "Arteiras de Gaia" e organizaram a exposição de aquarelas "Ingleses, Cantos e Encantos". No início de 2022, expôs com outros 2 artistas seus trabalhos em galeria temporária, no Open Shopping de Jurerê, em Florianópolis. Atualmente, dá aulas de aquarelas, pinta retratos sob encomenda e está organizando a publicação de um livro de poemas e aquarelas, além de uma exposição individual.

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