Memórias da Ilha
Os trabalhos aqui apresentados, traduzem uma reflexão a problemática da perda de diversos aspectos da identidade cultural açoriana e de atividades genuínas como a pesca artesanal, as festas religiosas e folclóricas, além de outras lembranças, resgatando a beleza arquitetônica de igrejas e casarios, a arte da pesca em nosso litoral e o encantamento gerado por lendas, ritos, danças, mitos e sabenças, que enriquecem nosso folclore e tradição.
Borba
Desde que percebi minha tendência para o desenho e a pintura, há mais de 70 anos, sempre me encantou a beleza do litoral, do qual nunca me afastei face a mística atração que sinto pelo mar, um dos elementos inspiradores de minha vocação artística. Tal fascinação abriu espaço para a maravilhosa arquitetura dos séculos XVIII e XIX, levando-me a iniciar um processo de pesquisa no intuito de resgatar, dentro de uma visão romântica, a beleza arquitetônica de igrejas e casarios, como símbolos da cultura e da história de cada comunidade, implantados pelas raízes primeiras. Como resultado, esse processo, acendeu memorias de infância revelando o encantamento de tradições religiosas e populares, desencadeando em mim todo um imaginário mágico de ser e de viver....
Borba. Bondinho puxado a burros. Acrílico sobre tela. 40 x 60 cm. S.a.
Borba. Guardiões da bandeira do divino. Acrílico sobre tela. 40 x 60 cm. S.a.
Borba. Trapiche Rita Maria. Acrílico sobre tela. 40 x 60 cm. S.a.
Schmidt
Quando meu tio, professor Anibal Nunes Pires, me presenteou com um livro chamado "Pequena História do Mundo" do H. G. Wells, aquele livro ficou marcado em mim, pois juntou duas coisas que eu gosto muito, História e desenho. Com o passar dos anos senti a necessidade de me aprofundar no desenho e comecei a colecionar obras em fascículos, muito comuns na época, entre elas “Arte nos Séculos”, “Curso de Desenho Artístico e Publicitário”, “Desenhe e Pintura” e “Artes e Artesanato” e cheguei a produzir alguns trabalhos em óleo, acrílica e aquarela. Já aposentado, ganhei de um amigo várias fotografias antigas de Florianópolis, em função de já estar me iniciando no desenho à “bico-de-pena”, reproduzindo aviões antigos. Comecei então a reproduzir as fotografias e com o passar do tempo me especializei neste campo, desenvolvendo a técnica mista de nanquim e lápis de cor.
Borba. Saindo para a pesca. Acrílico sobre tela. 50 x 70 cm. S.a.
Schmidt. Mercado Público - Anos 50. Nanquim em bico de pena sobre papel. 21 x 29,7 cm. S.a.
Schmidt. Fortaleza de Santa Cruz. Nanquim em bico de pena sobre papel. 29,7 x 42 cm. S.a.
Schmidt. Esperando a Tainha. Nanquim em bico de pena sobre papel. 29,7 x 42 cm. S.a.
Schmidt. Praça dos Namorados. Nanquim em bico de pena sobre papel. 42 x 29,7 cm. S.a.